segunda-feira, 30 de abril de 2012

Resquícios de "Uma Noites"

Da série: coisas que vive no BOM DIA.
Aproveitem ao máximo. Eu fiz isso...


Eles estão juntos, nos palcos e no trio elétrico, há 13 anos. Renovaram os acordes da axé music e hoje são respeitados por serem uma banda que faz do axé um rock com molejo.
Beto, Manno e Tuca são os praieiros do Jammil e Uma Noites.
No sábado, a banda se apresenta no Rio Preto Fest Folia, no recinto de exposições. Em entrevista ao BOM DIA Rio Preto, o vocalista Tuca conta, entre outras coisas, sobre a esperança de dividir o palco com o Rei Roberto Carlos.


Com quem tem vontade de cantar e ainda não cantou?
Tuca - Já cantei com grandes feras da música, entre eles o Durval Lelis do Asa, Caetano, mas ainda quero cantar com o Rei. A primeira música que cantei, quando tinha cinco anos, foi aquela assim “e que tudo mais, vá pro inferno”. Eu pegava uma vassoura, reunia na sala a minha mãe, minha avó e a empregada, subia no sofá e cantava como se estivesse em um palco.

Se não fosse cantor, o que faria da vida?
Tuca - Seria um cara frustrado. Sou formado em administração, mas sempre quis cantar. Estar em um palco, ter meu trabalho reconhecido pelos fãs é um sonho. Assim é que vejo a minha felicidade.

Qual é a música que não pode faltar no repertório?
Tuca - Temos um repertório muito bom. Os fãs pedem de “Saudade à Praieiro”, que é a música mais tocada em festa. “De Bandeja” também não pode faltar. “Bom de se Dar” e “Paraíso” também são muito pedidas.

Sua vida é um verdadeiro Carnaval?
Tuca - Não. Procuro levar minha vida de forma bem tranquila. Gosto de estar em casa, almoçar e jantar com meus pais. No início era mais oba-oba, agora estou centrado e isso é muito bom.

Para finalizar, uma jogadinha rápida: Ivete ou Claudinha?
Tuca - As duas. Cada uma tem seu estilo próprio. São ícones. A Ivete está há mais tempo na estrada e a Claudinha está começando agora, mas as duas são importantes

Trio elétrico ou palco?
Tuca -Tá querendo me complicar né?! Os dois também. Tocar em trio é um forma de divulgar o trabalho, porque são três ou quatro horas tocando. Já o palco é uma coisa mais cênica. Mas a pegação é a mesma.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Resquícios de 3

De acordo com o título, este post é dividido em três partes distintas.

Conto.
Crônica.
Declaração de Amor.


As três vertentes, mesmo distintas uma das outras, vão se entrelaçar a fim de confundir os leitores mais atentos. Não se perca nos pormemores, está é sim uma história real, estes são sim sentimentos dos quais fazem parte do meu conto, da minha crônica e da minha única declaração de amor.

Conto. Não só a você, mas a todos que tiverem paciência de ouvir.
Conto. Pois ainda não cansei de acreditar que tudo aquilo foi real.
Conto. E de tanto contar chego a me esquecer.



Esqueci.



A noite estava fria, como esta, que uso como cenário para este conto.
O céu era iluminado pela lua mais linda e delicada que avistei desde ontem, quando olhei pela última vez para a janela na esperança de te ver pela primeira vez.
O engraçado disso tudo é que eu ainda não o conhecia e já te esperava de braços abertos. Sabia que você, e naquele momento só você, seria capaz de me fazer ver as coisas da forma que elas realmente eram.

Já a fim de confundir, vou inverter uma ordem.

A declaração de amor ali mesmo foi recitada. Ouvida por aqueles que nem mesmo sabiam que estavam presenciando um dos dias mais preciosos na vida daqueles dois persoangens, que na verdade eram três.
Ela, uma moça decidida.
Ele, um rapaz perdido em suas incertezas.
Sabia ela exatamente o que iria fazer, independente de qual dos dois personagens que habitam a alma ele entrasse em cena.
Entrou um. E depois o outro.

Ai sim, começa a crônica.

Este um é o avesso do outro. O belo e a fera.
O belo foi amado e se deixou amar. A fera, quando despertou de seu sonho inesperado, não deixou mais que o belo se deixasse amar e repudiou a tudo aquilo, menos ao amor dela.
Como em toda crônica, a resolução nem sempre está nas linhas. Mas aqui, as entrelinhas são amarguradas pela decisão dela. Cansada de sofrer preferiu seguir os instintos da fera e abdicar de seu amor.
Isso fez com que a fera se exaltasse e usasse as defesas dela a seu favor.

Aqui entra outra vertente que não está no título.

Contra ela, ele, que minutos é o belo e (h)ora é a fera, usa o orgulho. É nele que se sustenta sem se alimentar.
É dele que ele tira forças para enfrentá-la cara-a-cara sem demosntrar o que realmente deseja.

Voltando ao título para terminar.

Conto aqui, como uma simples crônica se transformou na única declaração de amor que sou capaz de fazer a ele, que é orgulhoso demais para entende-la.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Resquícios do Eva

 Coisas que fiz no BOM DIA, por que relembrar também é viver.
E "viva la democracia"


Depois da maratona do carnaval ele teve 15 dias de férias. Tempo suficiente para retomar o fôlego e começar tudo de novo. Há 8 anos puxando trio e shows da Banda Eva, é considerado uma das vozes preferidas do axé nacional.
Em entrevista exclusiva ao BOM DIA Rio Preto, o vocalista da Banda Eva, Saulo Fernandes, se mostra um baiano decidido.
Com agenda de shows lotada para este ano o baiano conta um pouco sobre a parceria infantil com Ivete Sangalo e as esperanças sobre a Copa na África.

Como foi para você gravar músicas infantis com a Ivete?
Saulo - Foi lindo. Eu e Ivete estamos escrevendo música infantil sem saber e em uma conversa resolvemos nos juntar e gravar o Casa Amarela. São canções que contam histórias que se passam dentro de uma casa amarela. É bom cantar música infantil pela pureza que elas tem. A parceria com a Ivete deixa tudo ainda mais lindo.

Pensa em fazer parceria com algum cantor (a) internacional?
Saulo -
Internacional não, minha área é por aqui mesmo. Mas gostaria muito de conhecer e fazer uma parceria com a Maria Gadú. Gosto muito da musicalidade e do timbre de voz dela. Quem sabe não rola ai uma parceria entre a MPB e o Axé.

Carnaval. Sua vida é levada aos batuques dele?
Saulo -
Nem sempre. Segunda, terça e quarta minha vida é mais tranquila, mas de quinta a domingo é só alegria, folia e música. Mas todos os meus momentos se desencadeiam em alegria.

O carnaval se estende além de fevereiro, como manter o pique para as micaretas?
Saulo -
(Risos) É como se fosse o treino de um time de futebol. As micaretas são os treinos para o carnaval. É a hora de se fazer experimentações de repertório e aproveitar para lançar os hit´s que devem bombar no próximo carnaval.

Qual é a música que não pode faltar no repertório?
Saulo -
Eva. O mais engraçado é que a música é uma versão e acabou se tornando o hino da banda que leva seu nome. Outra que não pode faltar é Anjo. E toda vez que saio do palco sem cantá-la sou cobrado, ‘pô, por que não cantou anjo?’.

O axé está sendo exportado. Como é encarar este público tão diversificado?
Saulo -
Bom, saimos daqui para fazer valer o que dizia Carmem Miranda, mostrar ‘o que a baina tem’. O que exportamos é na verdade a percurssão, que a a maior riqueza do baiano. A alegria de viver a gente também leva, mais isso eles já sabem que a gente tem de sobra.

Já pensou em abandonar a ‘baianidade’ e cantar outros estilos musicais?
Saulo -
Então. A baianidade não me permite isso (risos). Quando canto, canto aquilo que gosto, independente do estilo musical. A isso eu misturo os ritmos da Bahia, a alegria do baiano, o sotaque. A música e seu propósito não tem limite de estilo.

Gosta de futebol? Para a Copa, o Brasil volta com o hexa?
Saulo -
Se gosto de futebol, adoro. Como bom baiano sou torcedor e sofredor do Bahia. Bom, o pensamento para a Copa é um só, vestir a camisa e torcer. Sou a favor dos pensamentos positivos para tudo. Traz a taça Dunga.

Se não fosse cantor, o que seria?
Saulo -
Seria um homem infeliz. Próxima (risos).

Um bate bola rapidinho: Ivete Sangalo ou Claudia Leite?
Saulo -
Ivete. Nada contra a Claudinha, mas sem sombra de dúvidas Ivete.

Palco ou trio elétrico?
Saulo -
Para não falar muito, trio. É mais elétrico (risos).

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Resquícios de Vuvuzelas

A Copa da África do Sul é composta por muitos sons, não só das vuvuzelas e dos comentários estapafúrdios do Galvão. 


Tem também uma infinita combinação de cores. Além do verde, amarelo, azul e branco da seleção canarinho, ainda tem um verdadeiro caleidoscópio de tonalidades.


Tem ainda muitas daquelas variedades de pernas que comentei no primeiro artigo. E é por elas que começo o artigo de hoje de novo.


Sim, fiz minha lição de casa. Assisti a vários jogos e coloquei bastante reparo nas pernas. Resolvi, para este artigo, trazer alguns dados históricos sobre as pernas dos jogadores que participaram de Copas passadas. No meu último artigo volto para falar sobre cada uma das cinco pernas que estou analisando com mais afinco.

Quais são elas? Curiosas... é surpresa. Quem ler, saberá.


Para vencer os adversários, os nossos jogadores correm, driblam, pelejam com a bola e quando menos esperamos vem o Galvão, todo desafinado, e grita seu inconfundível e irritante “Gol, gooool, gooooooool. Goooooooooooooooooooooool”.


É nessa hora que nós, mulheres, confundimos todas as nossas emoções. Afinal, é nesse momento que eles saem pro abraço, literalmente. Se esparramam na grama e exibem o que têm de melhor: as pernas. 



A essa altura já estamos embriagadas com tamanha beleza e “apernância”. Não sabemos mais se comemoramos o gol ou as pernas expostas. Independentemente da cor, da raça, do credo, da capacidade técnica e do tamanho.

Ícone da fantasia sexual dos anos 1980 e 1990, as pernas torneadas perderam espaço para o tórax em gomos e abdômen definido. Mas, de quatro em quatro anos, pela exposição permanente, as coxas masculinas voltam a entrar em evidência nos gramados e rodinhas de apreciadoras do tal membro. 



Mas, de quem afinal, são as pernas que entraram para a história do futebol brasileiro?


Se o Dunga tivesse convocado o Roberto Carlos vocês poderiam ter uma prova do que estou falando. O baixinho é dono do par de pernas mais aclamado da última Copa. 


Temos também o bonitinho do Kaká, que no quesito pernas não leva cartão vermelho, mas pode sim, ir para o chuveiro mais cedo. 


O goleiro Júlio Cesar, esse gato ai ao lado, não leva ponto só pelo seu sorriso sagaz. Mesmo não  as  colocando  de fora, o moço tem um belo exemplar por debaixo do bermudão cinza.




Para as mais vividas, ou para aquelas que fazem pesquisa para escrever artigos sobre as pernas mais famosas da Copa, vale lembrar de dois representantes canarinhos que ficaram história: Zico e Emerson Leão.

Bom, mas para fazer justiça, tenho de falar de certas pernas que esteticamente seriam feias,  mas,  como poucas,  fizeram a alegria de homens e mulheres brasileiros: as do inesquecível pernas tortas, Garrincha.



(Os dois artigos sobre a Copa do Mundo foram publicados no Caderno da Copa do BOM DIA.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Resquícios nossos

Aconteceu...

Precisava ver seus olhos tocarem os meus. Encontrarem os meus.
Degustar da força do pulsar de seu peito contra o meu.
Sentir seu abraço quente envolver meu corpo.
Provar do gosto amargo do café, ainda sem açúcar, sem creme.
Preciso do cheiro, do tato, do gosto.

Tenho...

Já posso sentir o pulsar forte do coração, apertando o peito.
O brilho dos olhos. A força do abraço. O gosto do café.

Sim... Aconteceu.

Foi melhor do que esperava, foi algo novo. Algo que me faltava, que me completou.
Senti você.
Sua respiração ofegante. Seu calor. Seu amor.
Provei do gosto de cafeina. Do cheiro molhado de seu suor.
Da força de sua respiração.
Da sua mão, da ternura.

Acontece...

O ritmo do pulsar aumenta.
A frisson também...
O quarto se tinge de azul, amarelo, rosa, violeta, e, em pouco tempo, um verdadeiro arco íris se forma em sua volta.
Somos dois.
São apenas corpos.
Ocupamos o mesmo lugar no espaço.
Estava ali.

Ainda quero o abraço, o beijo, o eu te amo, o estava com saudade.
O peso do seu corpo.
A força da sua respiração.
O misto do seu desejo com minha ansiedade.
Sim, quero você.
E peço: "Vem sentir o calor dos lábios meus, à procura dos teus.
Vem matar esta paixão que me devora o coração".

Vem, com panamá, sem panamá.
Com amor, sem amor.
Vem com saudades, sem saudades.
Apaixonado ou não.
Vem... Apenas quero você.
Completo.
Pra mim.

Agora sim, estava tudo ali.
Tudo da forma que imaginei.
Sim, imaginei...
Você não estava, não sabia do meu desejo, não partilhava daquele momento comigo.
Não, não senti o gosto bruto do café.
Não peguei sua respiração.
Não provei seu corpo.
Seu gosto.

Imaginei...

Isso ainda não me consola por completo, mas me alegro em saber que foi bom pra você também.