segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Resquísios de 2012.

Não sou o tipo de pessoa que gosta de coisas cliches, mas não tive como fugir da tão famosa retrospectiva. Há pouco estava aos prantos, lendo a retrospectiva que fiz de 2009 e me perguntando, por que diabos, não fiz retrospectivas de 2010 e 2011. Bom, passou, não as vou fazer agora, mas Clique aqui e leia a de 2009 e se emocione também.

Bom, chega de blá, blá, blá whiskas sachê. Vamos ao tão famoso ano em que o mundo (não) acabou. Parafraseando um tal D. Pedro de Alcântara, "Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico". Será que os Maias perderam essa aula?

Graças a essa frase e aos cálculos errôneos dos nossos queridos Maias estou aqui, remoendo as minhas lembranças, para escrever mais uma retrospectiva.

Respeitável público, que se acendam os fogos de artifício, que rufem os tambores e se abram as champagnes, o espetáculo vai começar...
 


Um ano curioso, cheio de dúvidas, questionamentos, dores e sobretudo, superações.
Comecei o ano sustentada por uma mentira. Mentira essa que não me cabe aqui a necessidade de contar, mas que magoou, e muito, aos que mais amo. Mentira essa que só pôde se tornar verdade ao final deste ano. Graças a Deus e a muito esforço e dedicação, acabou.

E como tudo acaba em pizza e eu sou do tipo "do contra", eu começei com pizza. Busquei, em território amigo, uma forma de manter o meu sustento. E foi na Empório Luna Pizzaria que consegui isso. Primeiro vieram os "Boa noite, sejam bem-vindos ao Empório Luna, mesa para quantas pessoas?". Depois disso "Empório Luna, boa noite, em que posso serví-lo?".

E foi assim que fiz de um tudo por lá. Recepcionista, atendente de Delivery, eventos coorporativos, bartender, esterilialista de pratos e talheres, assessora de eventos e caixa. Acreditem, eu fui caixa. Fiz ainda um amigo. Márcio, e por meio dele conheci pessoas especiais, como seu amado Roger, tia Sandra e a trupe maluca do Taberna Canovas.

Em meio a esse turbilhão de novas emoções, a tal mentira, comentada no ínicio, ia, aos poucos, se transformando em uma exaustiva verdade. (Pra que tanta vírgula em uma frase só?)

Foi por meio dela que, em meados de Abril, avistei uma luz no fim do túnel. Uma indicação, um currículo, uma ligação, uma entrevista e pronto. Eu era a mais nova contratada da Impacto Ticomia Foto e Vídeo. Mal sabia eu o que ia fazer mas já estava feliz por ter ouvido o primeiro "sim" do ano. Não desmerecendo alguns "talvez" que recebi, mas eu precisava muito desse "sim".

Foi por meio dele que ví a minha vida começar a entrar no eixo. Conheci a Dani, Nossa... (piadinha infame, concordo). Convivi com ela durante quatro dias. Dentro de um escritório fechado, com mais quatro pessoas (Bruna, Deh, Gabi, Ní e Viví, em ordem alfabética, ok?) e ainda no hotel em Bauru que ficamos para fazer o treinamento que daria ínicio aos nossos trabalhos.

Nossa, Dani. Vou descrever a sua importância em meus dias por meio de música, só por que você odeio o meu gosto musical. Ouça a todas, promete???
É você, só você, que na vida vai comigo agora (Marisa Monte) - Companheira de todas as horas, me dá bronca, me ama e me  odeia em um piscar de olhos. Reclama de mim assim como eu reclamo de tudo...

Ou me odeia descaradamente ou disfarcadamente me tem amor (Maria Gadú) - Isso é bem coisa de pessoas que nasceram sobre os maus encantos do signo de escorpião, né? Minha guru amorosa, obrigada pelos conselhos... (mas, eles não me servem de muita coisa, vocês são cabeça dura demais). 
Vem pra se arrumar na minha confusão, vem querendo ser feliz (Maria Rita) - Por que eu sou, eu te faço. É simples assim, a gente arruma um jeito, a gente dá um jeito pra tudo, somos malacas... Mais eu do que você, mas somos.
 Agora, não vai rolar uma música da Maria Bethânia. Você já percebeu a diferença das Marias que adoro, né? Adoro-te. Mais que tutu com couve, mais que feriado prolongado, mais que entrega de beca ao seu lado. Mais que tudo. Obrigada.

E assim como a Dani, muitos apareceram em minha vida. Uns mais especiais, outros nem tanto, uns que ainda são reais e outros que se transformaram em uma decepção. Aqui, como são apenas comentários, manterei o anonimato.

Pensei inúmeras vezes antes de colocar seu nome aqui. Coloquei, tirei, coloquei de novo, resolvi não colocar mais e ai pensei: "o blog é meu, o post é meu, o sentimento é meu e é real, por não escrever?" Só que ai pensei de novo... Assim diria você, eu, por outro lado, não sou assim. Mas vai saber que estou falando com você, pois só você é assim tentando não ser. É você.

Bastou uma reunião, a primeira. Um olhar, que não me esqueci ainda. Bastou um "bom dia", do qual ainda sinto o estalo do beijo. Mas não me bastou um beijo, pois quero todos, e a cada dia quero mais. Músicas pra você tenho tantas, e várias. Mas vou lhe dedicar uma, que graças a um presente de Natal, você me apresentou.

Como nas mensagens que trocamos, ela é a mais linda do CD e com o título demonstra hoje o tamanho do meu medo. "Já não sei mais nada." "Não sabemos onde vai parar, sei que até você vai duvidar. Mas não vou jurar nem prometer algo que não sei se vou fazer. Eu não sei se é eterno, mas posso te dar todo meu tempo". Resumir o que você é pra mim em palavras é uma tarefa extremamente impossível, por isso quero estar ao seu lado. Saiba que já estou, e que vou ficar.

Uma mentira. Uma amizade verdadeira. Um amor. Não, esse não é o saldo do meu ano. Ainda tenho que colocar aqui todas as trapalhadas que passei ao lado da dona Pitty. Quer dizer, da dona Jéssica. Ela não gosta tanto, mas já paquerou o homem alheio, e foi por conta desse comentário e algumas Stellas Artois, que nasceu nossa amizade. Cervejas, jantares, Santa Fé, reuniões, Unilago, pizza, mensagens desconexas, intrigas, e por que não a Famerp? Meu mal-humor, conxavos, almoços, artimanhas, Funec, a van, e por que não Havan? Jé, dona Jé... adoro você.

Depois dela veio o meu personal stilist. Foi ele que me apresentou a Outlet da Act e Vicinal. É por causa dele que agora, todo começo de mês, vou ficar uma, ou duas peças de roupa mais pobre e com cara de rica. Ele ainda é o cara que o Roberto Carlos canta quando o assunto é organização de churrasco para as turmas da Impacto Ticomia. A gente come lanche junto, assa carne em churrasqueira elétrica e chama de churrasco, dividimos marmitas e segredos e ainda dançamos arrocha em festa sertaneja. (Mil perdões por isso, Papai do Céu). Sim, morram de inveja, o senhor Adriel é meu amigo. Como diria o então deputado Tiririca... "amizade é a melhor coisa do mundo..." Ouça. 

Por meio dessas pessoas aqui já citadas também surgiram outras, que não vou nomear aqui por que sempre esqueço de alguém. Mas os comentários sobre quem elas são, poooode. Obrigada por me apresentar à sua família e seu namorado. E ainda por me receber na sua casa, me proporcionando assim conhecer seus primos.

Fiquei muito grata, ainda, por ser convidada para uma mesa de discussão regada a Brahma e Heineken, por conhecer um certo irmão que é tão figura quanto você e oseu melhor amigo. Por conhecer, mesmo que seja apenas por telefone, o primo, que já me chama de prima, e mais um amigo, que acha minha voz gostasa, mesmo rouca depois de semanas com tosse e amidalite.

Mais um tio, que adora uma cervejinha gelaaaaaaaaaaaada e tia, que detesta ser chamada assim, e mais um irmão que insiste: "pra que falar Janaína, chama de Carol". Churrascos, almoços e jantares. Jamais esquecerei do arroz passado no óleo do bife.

Conheci ainda um menino e uma menina. Um menino meigo, estiloso, super de bem com a vida que não se separa de seu super óculos. A menina também. Não, ela não tem óculos, me referi a parte de ser de bem com a vida. Ela é mais peralta, rebelde e sempre pulante.Adoro vocês e blá, blá, blá pedigre gourmet.

 Nesse ano ainda fiz coisas "félomenais", como diria Giovani Imbrota. Troquei o carro. Evolui de um Leite Ninho 91, vulgo Uno Mille, para a Maria Antonieta, a Louca, meu Classic 2005. Dentre outras aquisições importantes quero destacar a última: um sofá cappucino, que na minha visão é gelo, um tapete rozo, que na minha visão é lindo.

Logo menos, detesto essa expressão, não sei se ela existe, mas resolvi usar, vou me banhar, arrumar o cabelo, me maquiar e me preparar mentalmente para a virada de mais um ano. Vou sentir falta de alguns abraços, dentre eles o do meu porto seguro mor, dona Odete. Sentirei falta ainda dos elogios mais sinceros, e suspeitos, da minha tia Rosana. Sentirei falta ainda do aconchegante abraço do Maranhããão, o tio emprestado mais bacana de todos.

Tia Zangela, por quanto tempo não tive seus abraços? Tassi, a quanto tempo não tenho o seu abraço? A Tatá ví a pouco, a Léa a mais pouco ainda. Abraços a todos, e a todas. E aqueles que nunca esqueço. Abraço ao meu amado véio, onde estiver, sei que está comigo, ao meu lado, me olhando e cuidando. E ao meu neguinho, Lesther, foi você que espantou o Joaquim né?

Fico por aqui e desejo a todos tudo aquilo que todo mundo deseja no aniversário. Desejo ainda que nunca nos esqueçamos de quem somos, de quem amamos e que tenhamos coragem para assumir nossos erros e nossos acertos.

Feliz Ano Novo.
Feliz 2013.
Feliz.