domingo, 3 de fevereiro de 2013

Resquícios de um sermão

Para conseguir um pouco de paz pro meu coração resolvi voltar a ir à missa.
Tenho ido, cada domingo, a uma igreja diferente, todas perto de onde moro, para assim escolher em qual vou passar a frequentar.
Na última terça-feira participei da missa dos formandos da Unirp. Foi lá que ouvi um sermão que ainda não consegui tirar da minha cabeça.

Sabe quando você escuta alguém falando alguma coisa e tem certeza que a ""indireta"" é pra você? Foi bem assim que me senti. O sermão do padre parecia ter sido feito para mim. Para o momento que eu estava passando, para responder às minhas dúvidas.

Não, não era, pois para ele, eu nem ali estava.

O padre, do qual não me lembro o nome, falava sobre o AMOR.
O amor aos pais, o amor à profissão, o amor que cura, o amor que ensina, o amor que dói e o que faz sofrer, e assim, aprender.
Falou sobre como o amor nos ajuda nas escolhas que fazemos e como devemos fazer nossas escolhas baseados no tal amor.

Falou ainda sobre perdoar a cada uma das pessoas que, por algum motivo, usaram o amor para atingir os nossos pontos fracos. E foi a partir desse ponto que a minha emoção falou mais alto do que as de todos os formandos presentes.

Sou muito assim. Baseio minhas atitudes nos sentimentos que sinto pelas pessoas.
Confesso que, na maioria das vezes, espero de mais de pessoas que não podem me dar nem o básico. Confesso ainda que perdoo quem nunca me pediu por isso ou quem não merece meu perdão.

Sabe por que? Eu não sabia até juntar o sermão de terça com o do de domingo passado.
Pessoas fortes são aquelas que perdoam pelo simples fato de perceber que a outra pessoa, aquela que te feriu de alguma forma, não é forte o suficiente para reconhecer o erro e pedir seu perdão.
Orgulho demais dá nisso.

Já fui uma pessoa extremamente orgulhosa, hoje reconheço meus erros e espero que as pessoas sejam como eu. Não são, nem todas, mas mesmo assim, espero.
Já ouvi pessoas falando mal de mim pelas costas e perdoei.
Já senti a dor de um (des)amor e não deixei de acreditar na pureza do sentimento.
Já passei por situações que jamais imaginei passar apenas por acreditar na pessoa errada.

Erro sim, e erro muito. Vivo de acertos e erros, assim como todos a minha volta.
Não vou deixar nunca de perdoar as pessoas quando elas erram e não assumem isso. A evolução não chega para todos ao mesmo tempo.
Eu evolui e espero que vocês evoluam também, um dia.

Beijos a todos e até o próximo sermão.