quinta-feira, 7 de março de 2013

Resquícios de perda

Hoje meus pensamentos voltarem a me atormentar.
Voltaram a relembrar daquele dia. Daquela noite e mais uma vez, chorei.

Senti de novo a dor. Aquela mesma dor. Que não para, que não passa e que, ao mesmo tempo, não existe. A dor pela renúncia do sim. A dor pela escolha do não.
A dor comum a mim. A dor que não pude compartilhar com ninguém.
A dor que só você sentiu, mesmo sem saber.

O medo voltou a correr pelas minhas veias.
Um medo confuso, que não se deixa entender. Um medo sem cheiro, mas que incomoda, que me causa enjoo. Ora um medo com ar de alívio, ora uma sensação de culpa. Isso se traduz de apenas uma forma: medo do amanhã.

Culpa?

A dúvida voltou a surgir: por que?
E os por quês que se cruzam, não são capazes de responder a nenhuma das perguntas.
Não responde sobre a dor. Não é conforto para o medo e não se encontra com o começo de tudo. E ainda temos a culpa. Temos? Eu tenho.

Mas... onde tudo começou?
Pra mim: desde sempre. E sempre se traduz no dia em que os olhamos pela primeira vez.
Pra você: eis o começo. O começo do meu fim.
E para nóis dois?

Nós dois.

Uma equação matemática capaz de ser resolvida por qualquer criança de 6 anos.
Equação essa onde 1 + 1 é sim, e sempre foi, igual a dois.
Oque fizemos para que essa equação nunca chegasse a esse resultado ainda é uma incógnita.
Incógnita essa que continuará sem uma respota.

Já fizemos essa soma ser igual a 1. Assim como já fizemos ser igual a 3.
Hoje, depois de tudo isso descobrimos que a equação estava errada.
O certo seria 3 - 1 = 2.

Hoje somos assim, dois.
E que assim seja. Hoje, amanhã e sempre.
Te amo por tudo, te amo por nada, te amo apenas por não saber mais o que sentir.

Obrigada.

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