terça-feira, 7 de junho de 2011

Resquícios dos 26.

Foi sentada na minha cama, que hoje considero ser a pior aquisição que fiz em toda minha vida, que me veio a ideia deste post de hoje.
Uma retrospectiva de alguns dos momentos que marcaram essa minha breve existência na terrinha de Deus.

O primeiro que me veio na cabeça era composto por quatro rodinhas, vermelho e com uma cestinha (se não me engana a lembrança). Assim era a minha primeira bicicleta. Assim que for para a Ilha vou fazer uma coletânea de fotos e postá-las por aqui aos poucos.

O segundo, alguns anos depois, foi chegar em casa e não ver mais o meu cachorro Totó na garagem. Lembro que minha vó resolveu o dar a uma outra família por que a vizinha reclamava do cheiro do xixi dele. Foi muito triste não ter mais um amigo canino em casa.

Depois disso veio a notícia da morte do meu avô. A imagem mais marcante para mim, e que ainda me assusta em algumas noites, foi ver meu avô no caixão. Já se passaram 19 anos e eu ainda sinto a falta de seus ensinamentos. Aprendi muito com ele em oito anos, mas sei que havia muito ainda para aprender.

Depois veio a mudança para outra casa e o meu medo de voltar para a que eu morava com os meus avós. Na casa nova não tinha nada que me lembrava ele, apenas os móveis. A casa velha é repleta de cenas. Um dia resolvi voltar e vivenciar tudo de novo. Sinto saudades e vou voltar mais vezes.

Lembro de uma vez que fui até Andradina com minha vó e passamos no cemitério para visitar meu avô. Não lembro o por que, mas foi uma das vezes que mais senti a presença dele. Parecia que ele estava ali, ao meu lado, ouvindo a tudo que eu falava com atenção e carinho.

Depois começaram a vir os amores da adolescência. O primeiro namorado, a perda da virgindade, a primeira viagem sem minhas protetoras, o primeiro término.

O vestibular. As viagens para prestar as provas. As ansiedades para ver o resultado. A dor ao ver os resultados negativos. A primeira ida ao psicólogo. E meu primeiro emprego na Caixa Econômica Federal de Três Lagoas.

Foi só depois disso tudo que experimentei o gostinho de conquistar uma vaga na faculdade. Passei em Ciências Biológicas na Federal de Mato Grosso do Sul, também em Três Lagoas. Lá descobri que as vezes é melhor morar sozinha do que dar abrigo ao inimigo.

Foi lá também que perdi o eixo e dei a minha vô uma grande decepção. Depois de quatro anos "perdidos" me esforçando para fazer o curso, o sonho acabou.Terminei a faculdade e fui trabalhar por um mês no salão de beleza mais badalado de Ilha Solteira.

Resolvi, nesse meio tempo, prestar vestibular para Jornalismo. No primeiro dia descobri que finalmente tinha encontrado o curso certo. Foi ali que fiz três amigos incríveis: Nega, Lê e Corno. E no ano seguinte a Tati. O contato não é tão constante como queria, mas ainda sentimos falta um dos outros.

De Três  Lagoas para Rio Preto. Minha vida mudou da água para o vinho depois que resolvi aceitar a um convite para fazer um teste no jornal BOM DIA. Viajar sozinha, ficar em hotel, não conhecer ninguém e voltar para casa na véspera de Natal com uma lista de documentos para minha contratação não tem preço.

Hoje não sou mais a menininha mimada da vó e da tia, sou uma quase mulher que ainda continua sendo mimada por elas, mas que já consegue dar os primeiros passos sozinha.

Daqui para frente as coisas só tendem a melhorar, sei disso. Mudanças substancias estão por vir, mas por enquanto não posso falar muito sobre elas. Em breve vou liberar aqui o post que me deu mais prazer e trabalho para fazer.

Aguardem.
#beijofui

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