quinta-feira, 26 de abril de 2012

Resquícios de 3

De acordo com o título, este post é dividido em três partes distintas.

Conto.
Crônica.
Declaração de Amor.


As três vertentes, mesmo distintas uma das outras, vão se entrelaçar a fim de confundir os leitores mais atentos. Não se perca nos pormemores, está é sim uma história real, estes são sim sentimentos dos quais fazem parte do meu conto, da minha crônica e da minha única declaração de amor.

Conto. Não só a você, mas a todos que tiverem paciência de ouvir.
Conto. Pois ainda não cansei de acreditar que tudo aquilo foi real.
Conto. E de tanto contar chego a me esquecer.



Esqueci.



A noite estava fria, como esta, que uso como cenário para este conto.
O céu era iluminado pela lua mais linda e delicada que avistei desde ontem, quando olhei pela última vez para a janela na esperança de te ver pela primeira vez.
O engraçado disso tudo é que eu ainda não o conhecia e já te esperava de braços abertos. Sabia que você, e naquele momento só você, seria capaz de me fazer ver as coisas da forma que elas realmente eram.

Já a fim de confundir, vou inverter uma ordem.

A declaração de amor ali mesmo foi recitada. Ouvida por aqueles que nem mesmo sabiam que estavam presenciando um dos dias mais preciosos na vida daqueles dois persoangens, que na verdade eram três.
Ela, uma moça decidida.
Ele, um rapaz perdido em suas incertezas.
Sabia ela exatamente o que iria fazer, independente de qual dos dois personagens que habitam a alma ele entrasse em cena.
Entrou um. E depois o outro.

Ai sim, começa a crônica.

Este um é o avesso do outro. O belo e a fera.
O belo foi amado e se deixou amar. A fera, quando despertou de seu sonho inesperado, não deixou mais que o belo se deixasse amar e repudiou a tudo aquilo, menos ao amor dela.
Como em toda crônica, a resolução nem sempre está nas linhas. Mas aqui, as entrelinhas são amarguradas pela decisão dela. Cansada de sofrer preferiu seguir os instintos da fera e abdicar de seu amor.
Isso fez com que a fera se exaltasse e usasse as defesas dela a seu favor.

Aqui entra outra vertente que não está no título.

Contra ela, ele, que minutos é o belo e (h)ora é a fera, usa o orgulho. É nele que se sustenta sem se alimentar.
É dele que ele tira forças para enfrentá-la cara-a-cara sem demosntrar o que realmente deseja.

Voltando ao título para terminar.

Conto aqui, como uma simples crônica se transformou na única declaração de amor que sou capaz de fazer a ele, que é orgulhoso demais para entende-la.

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